quarta-feira, 30 de junho de 2010

Retratamento endodôntico convencional e/ou cirurgia parendodôntica?


Segundo Estrela et al.(2001) a determinação do sucesso em endodontia obedece a critérios definidos, envolvendo o exame clínico, o exame radiográfico e análise histopatológica. O profissional dispõe como recursos o controle longitudinal, baseado unicamente nas características clínicas (sinais e sintomas) e nos aspectos radiográficos.
Já segundo Bender et al, existem alguns critérios clínico-radiográficos representativos de sucesso do tratamento endodôntico: 1. Ausência de dor e edema; 2. Ausência de drenagem e fechamento de fístula; 3. Dentes em função com fisiologia normal; 4. Desaparecimento de rarefação óssea periapical.
Segundo Friedman e Stabholtz, do ponto de vista endodôntico, toda vez que surge um insucesso, a opção recai sobre duas condutas básicas: a cirurgia perirradicular ou o retratamento endodôntico convencional, que, quando bem indicados, proporcionam um bom prognóstico. Sendo que a escolha entre uma ou outra opção depende de fatores como: Acesso ao canal; localização e situação anatômica do dente; envolvimento com peças protéticas; qualidade do tratamento endodontico anteriormente realizado; e envolvimento periodontal.
Lopes et al.(2004) estabelecem que o retratamento deve ser indicado quando o tratamento inicial: 1. Mediante exame radiográfico, apresentar obturação inadequada; Por meio do exame clinico, apresentar exposição da obturação de um canal radicular ao meio bucal por mais de 60 dias; 3. E por falha do exame clinico e ou radiográfico.
 Ainda dentro da terceira indicação clinicamente: Persistência de sintomas; desconforto a percussão e palpação; fístula ou edema; mobilidade; impossibilidade de mastigação. Radiograficamente: presença de rarefação óssea em áreas perirradiculares previamente inexistentes, incluindo rarefações laterais; espaço do ligamento periodontal aumentado em mais de 2mm; ausência de reparo ósseo em uma rarefação perirradicular; aumento de uma área radiolúcida; não formação de uma nova lâmina dura; e evidencia de progressão re uma reabsorção radicular.

Caso Clínico:

Histórico: Mulher, 27 anos, foi encaminhada ao consultório, devido à presença de uma fístula na região do dente 12. Ausência de dor espontânea e também à percussão.

Radiograficamente: Observou a presença de tratamento endodôntico prévio, com falta de material obturador na região apical e deficiência de condensação lateral. Imagem radiolúcida sugestiva abscesso periapical crônico.
 17/06/2008
Tratamento proposto: Retratamento endodôntico com trocas mensais de Pasta de Hidróxido de Cálcio.
 17/06/2008
Desobturação: com Brocas de Gates-Glidden 4, 3, 2 e 1 até terço médio. Terço apical limas manuais, 40, 35 e 30.
Reinstrumentação manual com lima final 70.
Solução de hipoclorito a 5,25%.
Medicação Utilizada: Hidróxido de Cálcio, iodofórmio (proporção 3:1) e PMCC, veículo soro fisiológico.

  07/10/2008
04/11/2008
Técnica de Obturação: Condensação lateral com cimento endodontico Endofill (Dentsply).
2/12/2008
 2/12/2008
8/07/2009

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